quarta-feira, 27 de julho de 2011

Carta intima.


Margô,

Escrevo porque bateu vontade. E enquanto penso no que poderia dizer, te olho por dentro. É impressionante, como eu te conheço! Cada poro do seu braço, cada sinal estrategicamente bem localizado. O som do seu sorriso, o gosto das suas lágrimas, tuas manias natas. Conheço o que te faz zangada e que te dar alegria. Gosto muito da sua intenção de entender e da sua humildade de saber que nem sempre isto será possível. Teus erros me maltratam. Tuas confusões são engraçadas, a gente rir depois que o tempo passa. Não me lembro quando, nem onde, mas em algum lugar do passado aprendi a linguagem mágica do seu silêncio. Ainda sinto dificuldades em harmonizar os sons da sua inquietude. E digo baixinho: tenha calma minha Flor, tudo vai ficar bem. E tudo fica, porque o universo sempre dar um jeito de te fazer um agrado. Quer saber, sua capacidade de não guardar mágoas é facilitadora. Sua irritação com o desconexo tem prazo de validade, mas o seu amor não. É sempre e pra sempre. É tão fácil pra mim te amar, Margarida! Pode parecer até piegas, mas estou aqui para apoiar todas as suas decisões, porque também nasci para te fazer feliz!

Com carinho,
                       Margô.  

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A união vale a pena!




O casamento está em declínio. Não sou eu que falo, são as estatísticas, os números, as desilusões, o capitalismo. O processo de afirmação feminina nos negócios ajuda a retardar e as vezes, anular, o desejo de faze-lhe princesa no altar. Pais criam filhos, sobretudo, para serem bem sucedidos profissionalmente. Fala sério, nem é preciso mais casar para transar. Até o Papa, meus amigos, abençoou os apressados - camizinha aê! – Dividir o mesmo teto e o mesmo compartimento de escovas de dentes deixou de ser objeto essencial de realização e passou a ser coadjuvante biográfico. Comprometimento tem novo foco: estudo, trabalho e festas de pijamas. As pessoas não só levam o casamento menos a sério, como divorciam-se cada vez mais cedo. Acabou a disposição das parceiras em aturar maridos calhordas e a disposição dos maridos em aturar mulheres com cara de sogra. A fidelidade, essa sim, parece ser um assunto complicado para muitos e merece ser debatida, escutada e aplaudida.
 E na contramão desta história de que casamento já era, encontro os homoafetivos. Oi? Sim, eles mesmos, os gays. Mas espera, gays não deveriam ficar felizes por tendências progressistas já que, de alguma maneira, essas tendências colaboram com a diversidade? Curioso. Mas ao invés disso, eles dizem não a dissolução da família, eles lutaram bravamente pelo direito de poder oficializar votos e de garantir suas obrigações de cônjuges, podendo sim, agora, assumir um compromisso sobre o aval da constituição. Assim como a maioria dos religiosos, eles acreditam no casamento! E é bom que acreditem mesmo, pois futuramente serão capazes de gerar filhos e essas crianças precisam de bons exemplos.
Opositores e conservadores dizem não, mas o superior tribunal judicial disse sim. Cidadãos do mesmo sexo têm apoio do Estado para estabelecer união civil. Os nossos ministros entenderam que o conceito de familiar existe há muito mais tempo que qualquer dito cristão, muito antes de qualquer idéia monoteísta. Para a maioria deles, a família não é patente de nenhuma doutrina religiosa. Religião é um aspecto importante na cultura, mas não é o único. Há de se considerar o amor. 

Você se alimenta de qual droga? Da política?



   Não sou a favor de nenhuma regulamentação que possa reforçar o aumento do consumo de qualquer droga, seja ela legal ou ilegal. Porém, julgo extremamente necessária a reflexão sobre o que de fato prejudica menos as pessoas: os efeitos da maconha ou a violência oriunda do tráfico.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Ritmo quente!

  

   
  A primeira vez que vi Patrick Swayze foi no filme Dirty Dancing e foi amor a primeira vista. Lembro-me de ter o coração acelerado na cena da ultima coreografia. A cabeça queria cantar, o corpo dançar, mas o pulmão não deixava. Minha respiração era tensa e pesada. Fiquei tão nervosa com medo da Baby errar os passos que não haviam sido ensaiados. Torci tanto para que tudo terminasse bem, quase perdi o momento do salto dela para os braços dele. Sensacional! Bati palmas, aliviada. Finalmente, a apresentação havia sido um sucesso. Sorri feliz sem imaginar que aquele momento acabara de se eternizar dentro de mim, assim como a foto do protagonista colada na parede do armário. Não era um filme, era uma época!
   Depois da tensão, voltei a fita. Queria assistir de novo. E novamente... E outra vez... Hoje perdi a conta de quantas vezes testemunhei Patrick Swayze e Jennifer Grey atuando em uns dos melhores longas-metragens da história. Porém, meu coração não perdeu o ritmo e ainda suspiro encantada.