segunda-feira, 6 de junho de 2011

A união vale a pena!




O casamento está em declínio. Não sou eu que falo, são as estatísticas, os números, as desilusões, o capitalismo. O processo de afirmação feminina nos negócios ajuda a retardar e as vezes, anular, o desejo de faze-lhe princesa no altar. Pais criam filhos, sobretudo, para serem bem sucedidos profissionalmente. Fala sério, nem é preciso mais casar para transar. Até o Papa, meus amigos, abençoou os apressados - camizinha aê! – Dividir o mesmo teto e o mesmo compartimento de escovas de dentes deixou de ser objeto essencial de realização e passou a ser coadjuvante biográfico. Comprometimento tem novo foco: estudo, trabalho e festas de pijamas. As pessoas não só levam o casamento menos a sério, como divorciam-se cada vez mais cedo. Acabou a disposição das parceiras em aturar maridos calhordas e a disposição dos maridos em aturar mulheres com cara de sogra. A fidelidade, essa sim, parece ser um assunto complicado para muitos e merece ser debatida, escutada e aplaudida.
 E na contramão desta história de que casamento já era, encontro os homoafetivos. Oi? Sim, eles mesmos, os gays. Mas espera, gays não deveriam ficar felizes por tendências progressistas já que, de alguma maneira, essas tendências colaboram com a diversidade? Curioso. Mas ao invés disso, eles dizem não a dissolução da família, eles lutaram bravamente pelo direito de poder oficializar votos e de garantir suas obrigações de cônjuges, podendo sim, agora, assumir um compromisso sobre o aval da constituição. Assim como a maioria dos religiosos, eles acreditam no casamento! E é bom que acreditem mesmo, pois futuramente serão capazes de gerar filhos e essas crianças precisam de bons exemplos.
Opositores e conservadores dizem não, mas o superior tribunal judicial disse sim. Cidadãos do mesmo sexo têm apoio do Estado para estabelecer união civil. Os nossos ministros entenderam que o conceito de familiar existe há muito mais tempo que qualquer dito cristão, muito antes de qualquer idéia monoteísta. Para a maioria deles, a família não é patente de nenhuma doutrina religiosa. Religião é um aspecto importante na cultura, mas não é o único. Há de se considerar o amor. 

Você se alimenta de qual droga? Da política?



   Não sou a favor de nenhuma regulamentação que possa reforçar o aumento do consumo de qualquer droga, seja ela legal ou ilegal. Porém, julgo extremamente necessária a reflexão sobre o que de fato prejudica menos as pessoas: os efeitos da maconha ou a violência oriunda do tráfico.